Militares e seus familiares protestaram e chamaram o Presidente Jair Bolsonaro de “traidor”, durante votação do PL na Câmara, no dia 29 de outubro.
De acordo com o Jornal Correio Braziliense, nesta terça-feira (3), a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado deve votar no Projeto de Lei (PL) 1645/2019, que reestrutura as carreiras e reforma o sistema previdenciário dos militares. A sessão, extraordinária, acontece em meio a um clima de insatisfação entre os chamados praças — soldados, cabos, sargentos e suboficiais — com o presidente Jair Bolsonaro.
Militares estão insatisfeitos com o tratamento desigual em relação aos oficiais.
“Os praças representam 82% dos 770 mil membros das três Forças Armadas. Vários deles estarão na sessão da CRE para pressionar os senadores a corrigirem o que consideram “distorções” do projeto”.
Fonte: Correio Braziliense
“Os militares que ingressaram no serviço antes de 2001 ainda têm a opção de contribuir com mais 1,5% para manter o direito de repassar a pensão vitalícia às filhas – que foi extinto para quem entrou daquele ano em diante.”
Fonte: Gazeta do Povo
Em entrevista para o Correio Brasiliense:
“Nosso sentimento é de decepção com o presidente Bolsonaro, que ajudamos a eleger. Fizemos campanha com o nosso dinheiro para ele e os filhos se elegerem, e agora estamos nos sentindo traídos”, disse um sargento, sob condição de anonimato.
Texto sem alterações
O relator do projeto no Senado, Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que apresentou seu parecer na quarta-feira da semana passada, não alterou o texto vindo da Câmara dos Deputados. O PL 1645/2019, entre outras mudanças, cria o Adicional de Compensação de Disponibilidade Militar, ao qual os militares farão jus devido à dedicação exclusiva à carreira. Trata-se de um percentual incidente no soldo e que crescerá de acordo com a patente, variando de 5% a 32%.
Fonte: Correio Braziliense