A semana iniciou com a decepção da tropa em relação ao anúncio do Secretário da Segurança Pública, delegado André Costa. O secretário usou suas redes sociais para publicar – no dia 31 de janeiro – os valores do ajuste salarial proposto pelo governador, Camilo Santana.
A Aspramece e os dirigentes do Fuasmece se reuniram na sede da APS na tarde desta última segunda-feira (3), para discutir os próximos passos para a valorização dos profissionais da segurança pública.
Como foi prometido em reunião com o Ministério Público e o secretário, Élcio Batista, no fim do ano de 2019. Durante a reunião com o Ministério Público, foi formulado pedido ao Secretário Élcio Batista para que o estudo financeiro seja apresentado às entidades classistas antes de ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
O governador divulgou que foi concluído o pacote de valorização para profissionais de Segurança Pública. O pacote será encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE)
Após encerrar o prazo – da qual ficou compactuado entre o governo do estado e os militares através de suas associações – na sessão de mediação, que, ocorreu no dia 17 de dezembro de 2019, sobre a coordenação do procurador-geral de justiça e um representante do Tribunal de Justiça, ficou acordado de que o governo faria um estudo sobre a proposta de reestruturação salarial.
“Entendemos que essa atitude do governo seria uma contraproposta do que nós apresentamos pra os comandos da PM, no dia 21 de outubro e para o governador, no dia 10 de dezembro. Nós apresentamos uma tabela propositiva dentro da realidade que o estado pratica com outros seguimentos de trabalhadores da segurança pública […] Depois que foram divulgados os números através das redes sociais pelo o secretário, André Costa, nós tivemos uma grande decepção ao entender tudo que estava sendo apresentado pelo governo”, declarou, P. Queiroz, advogado e presidente da Aspramece
O Fuasmece, portanto, não reconhece a proposta como uma reestruturação salarial devido aos números não cobrirem, sequer, o valor da inflação acumulada – para os indicadores deram 4,31%. Algumas das graduações só receberam a metade da inflação. Por outro lado, o governo pegou a proposta apresentada pela Aspramece e por representantes de agentes da segurança pública, e ofertou para os policiais civis. Ou seja, além de não cobrir a inflação, ainda temos que lidar com as perdas ao longo desses anos, que giram entorno de mais de 30% durante 5 (cinco) anos.
A Aspramece vai recorrer ao Ministério Público formalmente, mais uma vez. Os documentos elaborados pelo presidente da Aspramece, P. Queiroz, serão levados na tarde desta terça-feira (4). A reunião foi marcada para às 16h no gabinete do procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro.
Os militares por ser um grupo de classe armada não podem fazer greve, assim sendo, os órgãos públicos, neste momento, terão que ampará-los para que seja feita uma mediação de conflito entre os militares e o governo do estado.