A Aspramece e dirigentes do Fórum Unificado das Associações Militares do Estado do Ceará – Fuasmece participaram de uma reunião no gabinete do Ministério Público.
A reunião com Ministério Público teve como objetivo facilitar o diálogo com o governo. O Fuasmece recorreu ao Ministério Público formalmente, mais uma vez. Os documentos elaborados pelo presidente da Aspramece, P. Queiroz, foram levados na tarde desta última terça-feira (4). A reunião iniciou às 16h30min no gabinete do procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro.
Desde 2010 os militares aguardam a reestruturação salarial. O governo vem investindo na segurança pública, porém, os militares estão de fora deste planejamento elaborado pelo governo.
“Devemos compreender o cenário instalado entre militares e governo. Infelizmente o governo não consegue nos ver como pessoas que mereçam dialogar com ele”, ressalta P. Queiroz, advogado e presidente da Aspramece, durante um diálogo com o procurador-geral de Justiça.
O Supremo Tribunal Federal – STF julgou que as carreiras de policias não podem fazer greve, contudo, atribuiu ao Poder Público (Ministério Público e o Poder Judiciário) – a obrigatoriedade de mediar às negociações entre representantes das carreiras de segurança pública e o governo; e mais, foi dado ao poder Público o dever de vocalizar dos interesses da categoria, ou seja, dar voz a classe dos militares estaduais.
Durante a reunião alguns representantes das carreiras dos agentes da segurança pública explicaram com detalhes sobre todo o equívoco divulgado pelo governo nas mídias tradicionais.
O procurador-geral de Justiça se propôs a fazer essa mediação e com toda atenção escutou cada dirigente. Fez as considerações finais e encaminhou ao Palácio do Governador os requerimentos subscritos pelo Fuasmece e elaborado pelo presidente da Aspramece.
Como resultado dessa mediação do Ministério Público, foi agendada para a próxima terça-feira, às 16h, na sede da Procuradoria Geral de Justiça, uma reunião com um representante do Governo do Estado, o secretário de Estado da Casa Civil, Élcio Batista, e os representantes de órgãos classistas das carreiras de segurança pública.
Entenda o que os militares estaduais estão reivindicando
A inflação acumulada é de 34,38%, portanto, os policias e bombeiros militares esperavam pelo menos a reposição das perdas inflacionárias.
O governador, Camilo Santana, não dando a reposição devida, o estado além de parcelar esse “pacote de valorização” de 21%, deixa omisso qualquer reajuste inflacionário pelos próximos 2 (dois) anos.
Conclui-se então, que o policial e bombeiro militar poderão ficar durante 8(oito) anos de governo, com apenas 21% de reposição das perdas inflacionais, sendo que, até o momento já estamos com 34,38%, podendo alcançar, nos próximos 2(dois) anos, 42%